quinta-feira, 14 de julho de 2011

Unidades de Polícia Pacificadora

Resultado de nossa enquete: as unidades de polícia pacificadoras – UPP têm condições de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde estão instaladas?
   
  • Sim, porque ao serem eficazes no enfrentamento da violência naturalmente o mercado responde de modo favorável e direciona investimentos privados necessários, o que estimula também a presença dos poderes públicos  7%
  • Sim, desde que estejam estrategicamente articuladas com outras políticas públicas e ações empresarias que enfatizem investimentos sociais e geradores de trabalho e renda  48% 
  • Não, porque somente enfrentar o problema da violência não é suficiente para reverter o quadro de mazelas econômico-sociais presente nessas regiões  16% 
  • Não, porque essas unidades de polícia têm apenas a finalidade de dar uma satisfação à mídia em virtude dos eventos internacionais previstos para acontecerem no Rio de Janeiro nos próximos anos  24%
  • Não tenho acompanhado os debates sobre as UPP  5%

Nossa opinião

O resultado da enquete, onde o maior número de nossa audiência identifica que as UPPs apenas terão condição de serem efetivas políticas de desenvolvimento socioeconômico, desde que estejam estrategicamente articuladas com outras políticas públicas e ações empresarias que enfatizem investimentos sociais e geradores de trabalho e renda, demonstra de certa forma um amadurecimento na percepção de que, nenhuma ação isolada é capaz de resolver demandas tão complexas quanto as questões sociais, urbanas, de uma metrópole do tamanho da cidade do Rio de Janeiro.

É claro que concordamos com essa ideia expressa no resultado, mas o mais importante aqui nos parece ser o destaque ao fato de que essa política de pacificação das localidades mais empobrecidas da cidade pode ser uma excelente oportunidade de estender outros atendimentos em prol da melhoria de vida de uma parcela da população que durante tantos anos se viu alijada das mínimas condições de sobrevivência digna, porque se via cerceada do direito básico de circular pela cidade. Itens tão básicos quanto o atendimento de serviços de infra-estrutura, transporte, equipamentos urbanos etc. Nesse sentido, acabar com a violência pode ser um excelente primeiro passo.

Por último, cabe concordar com um outro ponto destacado que é o fato de que, além de políticas articuladas – segurança, habitação, infra-estrutura etc., deveríamos ter atores articulados por um objetivo que transcenda a “maquiagem para as grandes festas de 2014 e 2016”. Só assim, reunindo Estado, Sociedade civil organizada e o mercado (empresários, empresas e suas visões estratégicas), talvez pudéssemos começar a reconstruir a nossa cidade maravilhosa, articulando mudanças profundas de planejamento urbano e justiça social, pelo desenvolvimento do Rio de Janeiro e de todos os cariocas.

Devemos estar otimistas, com muita expectativa, mas, sobretudo sempre envolvidos em todos os processos, programas, projetos e oportunidades de representatividade nos fóruns decisórios que capitanearão essa grande oportunidade de mudança.

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