terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sustentabilidade


CRA-RJ promove evento de Educação para a Sustentabilidade

O Conselho Regional de Administração do Estado do Rio de Janeiro - CRA-RJ, por meio da Comissão de Desenvolvimento Sustentável, promove no dia 27 de agosto o I EMS - Encontro para a Mudança Sustentável. O tema central é Educação para a Sustentabilidade.

O evento será realizado no auditório da Faculdade SENAC, Rua Santa Luzia 735 7º andar, Centro - RJ. As inscrições podem ser realizadas no site - http://www.cra-rj.org.br/site/noticias/240809.asp e são gratuitas para Administradores e estudantes de Administração registrados no CRA/RJ.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Petróleo


O mestiço e o americano


Recomendamos a leitura da coluna de Mauro Santayana, do Jornal do Brasil, sobre a posição do atual governo dos EUA em relação à guerra contra o Afeganistão.

Numa época em que ainda predomina o pensamento único na mídia, é sempre oportuno refletirmos sobre uma interpretação dissonante.

Basta clicar em:
O mestiço e o americano.

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lei de Incentivo à Cultura


Resultado de nossa enquete: você é a favor de que artistas consagrados sejam beneficiados por Leis de Incentivo cultural?

  • Sim. O Ministério da Cultura não pode restringir o alcance da política de incentivo à cultura a nenhum artista brasileiro, devendo esta ser a mais universalizante possível. 0%
  • Não. A lógica do fomento à cultura é justamente viabilizar projetos que, não tendo apelo comercial, só poderiam ser realizados por meio de Leis de Incentivo. 100%
Nossa opinião

O resultado, inédito em nossas enquetes reflete uma compreensão, com a qual compartilhamos, de que políticas públicas de cultura não devem ser pautadas por uma orientação de mercado. Artistas consagrados possuem acesso facilitado ao mercado. Empresas que pretendem associar sua marca a esses artistas podem avaliar o retorno comercial e investir recursos próprios, sem utilizar a renúncia fiscal. As áreas de marketing têm instrumentos adequados para avaliarem o retorno comercial desse tipo de patrocínio. O que devemos ter clareza é que uma Lei de Incentivo Cultural, viabilizada com recursos de toda a sociedade, não pode ser reduzida a um apelo de mercado. Se as empresas têm interesse em apoiar a cultura existem projetos aguardando o tão relevante apoio efetivamente cultural.

Um outro ponto não refletido na resposta do público - e talvez porque a pesquisa seja a partir de um questionário fechado - é de propor ferramentas que garantam um processo efetivamente democrático de construção de políticas públicas. Quem vai decidir se um espetáculo tem retorno comercial ou não pode cometer equívocos. Esse retorno pode ser subjetivo e variar de acordo com as regiões do país, características culturais específicas etc. Uma alternativa pode ser a proposição de faixas de incentivo e de aplicação de recursos nesses projetos, mas nunca limitação de uma política pública de seu caráter universalizante... O MinC tem especialistas nesses assuntos (e se não tiver, temos articuladores e grandes estudiosos da questão no Brasil). E a resposta pode ser mais bem elaborada que apenas o veto ou aprovação de alguns espetáculos/produtos culturais.

Cultura


A mentira da cultura*
Monclar Valverde

Experimentamos, atualmente, um verdadeiro fetichismo da “cultura popular”, concebida como reflexo simbólico da identidade comunitária e meio de inclusão social para os que permanecem à margem da sociedade de consumo. De quebra, assistimos também a uma certa demonização da “cultura de elite”, identificada, sem mais, com as práticas de exclusão. Mas o que surpreende é que tais atitudes, apressadamente transformadas em “política cultural”, manifestem-se, simultaneamente, no programa de governo, na pauta midiática, na plataforma universitária e na bandeira de diversas ONGs, sob aplausos entusiásticos dos organismos internacionais de vários tipos. Tanto consenso não deixa de levantar suspeitas…

Há um claro oportunismo político nessa escolha da cultura como válvula de escape para a desigualdade social, especialmente numa situação em que as vias convencionais de inclusão social – habitação, saúde, educação e emprego – estão bloqueadas. Isto é negativo, não só para a cultura, mas para a própria cidadania que se quer promover, além de não alterar nada na estrutura que reproduz aquela situação. Os “socialmente excluídos” são iludidos mais uma vez, com uma espécie de “atalho” que dificilmente os levará de fato àquilo que nunca tiveram: instrução, trabalho e possibilidade de desenvolvimento pessoal. Eles são, além disso, forçados a viver uma segunda vez sua situação de exclusão, encenando-a como espetáculo para uma platéia comovida e bem intencionada. Por outro lado, a própria idéia de “cultura” é amesquinhada com propósitos eleitorais, empresariais ou simplesmente pessoais. Instrumentalizada, ela passa a fazer parte do marketing institucional de governos, empresas e organismos os mais diversos, além de reforçar o curriculum vitae de novos burocratas, futuros candidatos e eternos “líderes comunitários”.

Dessa forma, mesmo que involuntariamente, a idéia de cultura como expressão espontânea da identidade social de um grupo acaba sustentando a apologia do status quo e da homogeneidade. Estimulando os agentes sociais a reiterarem “sua” identidade, como único meio para alcançar o reconhecimento e a aceitação da sociedade, esta política de inclusão os mantém prisioneiros de sua própria cultura e de sua própria situação social. Convoca-os à participação, mas para que permaneçam como estão, ocupados em desempenhar o papel que os outros lhes atribuíram, num espetáculo em que serão eternamente coadjuvantes.

*Extraído de Cultura e Mercado. Para acesso completo clique em Cultura