quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cidadania


Resultado de nossa enquete


Mediante o contexto contingencial das últimas catástrofes em decorrência das fortes chuvas no estado do Rio de Janeiro, qual é a sua opinião sobre a principal responsabilidade pela recorrência desse tipo de problema em todos os períodos de chuva?


  • Do Estado, que não faz cumprir o seu papel de garantidor da proteção ambiental dessas áreas e do planejamento habitacional urbano. 39%
  • Do povo, que não cumpre a legislação em vigor, não respeita as áreas de proteção ambiental e não entende que o patrimônio natural público é de todos e que, portanto, deve ser preservado. 19%
  • Da sociedade civil organizada, que não tem cumprido sua missão social de contribuir para uma discussão ampliada das questões ambientais e demandas habitacionais da população – planejamento urbano. 42%

Nossa opinião

O resultado desta enquete reflete que a quantidade do nosso público que acredita ser responsabilidade exclusiva do Estado a garantia da proteção ambiental e do planejamento urbano é praticamente igual à parcela que julgou ser esta responsabilidade da sociedade civil, que no cumprimento de sua missão social deveria contribuir para uma discussão ampliada das questões ambientais e demandas habitacionais da população.

Entredito nessa resposta, nota-se um ponto curioso: ao mesmo tempo em que os respondentes da alternativa (a) denotam um nível de amadurecimento tal, que reivindica do Estado o exercício do seu papel de planejador urbano (um clássico exemplo de democracia representativa); os votantes da alternativa (b) entendem que sendo a sociedade civil portadora de melhores condições de ampliar a discussão acerca dos deveres de cada cidadão, é co-responsável pela conscientização acerca de questões ambientais e demandas sociais da população (democracia participativa).

E por fim, o baixíssimo mea culpa expresso no percentual daqueles que acreditam ser responsabilidade de cada um o uso diligente do patrimônio natural das nossas cidades, destoando das demais alternativas. Apesar da opção embutir um discurso rotulador do povo como aquele ente que precisa ser tutelado para que cumpra seus deveres.

Concluindo, registramos o que de mais importante poderíamos destacar nessa enquete: o fato de que o exercício nos oportunizou a possibilidade de refletir sobre a parcela de co-responsabilidade de cada um nas questões que tocam o interesse público, isto é, de todos os cidadãos. Na verdade, nenhuma das alternativas, isoladamente, dá conta de expressar a totalidade dos deveres de cada instância, tampouco a soma de algumas delas. Todas elas trazem em si verdades incontestáveis e lacunas a serem preenchidas.

O ganho pode estar precisamente na reflexão!

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