quinta-feira, 2 de abril de 2009

Desenvolvimento

Resultado de nossa enquete: é possível compatibilizar desenvolvimento econômico e desenvolvimento social?

  • Sim. Se não houver desenvolvimento social não haverá desenvolvimento, apenas crescimento econômico. 54%
  • Não. Os modelos atualmente predominantes no mundo valorizam apenas os aspectos econômicos em detrimento do desenvolvimento social. 31%
  • O desenvolvimento social é consequência natural do desenvolvimento econômico. 15%

Nossa opinião

Por muitas décadas predominou a visão de que crescendo a economia, o desenvolvimento social seria uma consequência natural. No entanto, essa visão estritamente econômica concentrou renda, aumentou a miséria e devastou o planeta. O resultado de nossa enquete demonstra a compreensão de que é preciso mais do que “crescer o bolo”, como se dizia no período da ditadura militar.

Crescimento e desenvolvimento não são sinônimos! E o desenvolvimento não pode ser reduzido ao aspecto econômico, como a lógica do mercado tenta impor. Exemplo dessa ideia é o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, que se contrapondo ao indicador do Produto Interno Bruto – PIB, que mede apenas o crescimento econômico, inclui indicadores como acesso à educação, expectativa de vida e condições de habitação como argumentos contundentes para se considerar a melhoria das condições de vida das pessoas.

Também a visão de desenvolvimento sustentável, representada, por exemplo, pela Agenda 21, se insere como alternativa ao considerar o desenvolvimento humano e ambiental como prioritários. Portanto, pensar e projetar desenvolvimento significa articular e harmonizar as perspectivas econômica, social e ambiental. Tudo isso sem desconsiderar que nesse modelo predominante de globalização de mercados, o viés do local é agenda obrigatória para consolidar o desenvolvimento que valorize suas vocações (ou crie novas), características e potencialidades. E que considere a participação efetiva de seus atores, principalmente a sociedade civil.

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